blog • eduardo furbino |||

bingo

todo bingo é armado. o senhor sabe, né, doutor? a cartelinha é uma mentira, não acredito! e sorte lá a gente chama por ela? nunca ouvi. de onde eu venho, sorte ou a gente tem, ou não tem. vai arriscar testá-la a cada bolinha? a cada número? deus me livre, prefiro saber e não saber. viver sem testar, entende? quer dizer, só viver de verdade, sem passar por isso. sem passar por nenhuma situaçãozinha, nenhuma mesmo, que ponha à prova se vou ser capaz de vencer. vencer no bingo, digo, e também em tudo mais.

próximos Turmúlio tinha noção de que a asa de uma xícara era a parte menos frágil da sua infância. não era bobo. mesmo assim, sabia que dele era esperado que bocas de lobo muitas vezes desejei que uma boca de lobo me engolisse e me cuspisse na sua vizinhança. ouvi dizer que há mais rios soterrados sob são paulo que
últimos posts o atlântico é mais que um oceano breve relato sobre sair do medo treze formas de matar satã roque santo garimpo fragmento 547 eu não sou esse tipo de cara babilônia abdução 2020 vista desimpedida rastro onésimo odisseia bocas de lobo bingo Turmúlio uma cronologia dos afetos tu sabe, dirce, que teu nome não é dirce? o outro é sempre um eu que se move manchete há uma ausência incômoda de tigres nas ruas bermudas your legs are so long you must remember to be kind what’s going on? this my most fundamental truth the waves of the end the war the void the time of death